sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Língua Portuguesa - 22 - Três faces da palavra

   A palavra é uma unidade fundamental e pode ser analisada de diferentes perspectivas: pelos critérios semântico, morfológico e sintático.
   Semântico: leva em conta o significado da palavra.
   Morfológico: põe em evidência a forma das palavras.
   Sintático: indica a relação da palavra com outras no enunciado.
   A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) agrupa as palavras da língua portuguesa em dez classes: substantivos, artigos, numerais, adjeticos, pronomes, verbos, advérbios, preposições, conjunções e interjeições.
   A metalinguagem é a linguagem que serve para descrever ou falar sobre a própria linguagem.

Os homônimos e a ortografia
   Homônimos são palavras que apresentam identidade na pronúncia ou na grafia:
Homônimos perfeitos: mesma grafia e mesma pronúncia.
Ex. Cheguei cedo. Não cedo a seus encantos.
Homônimos homófonos: mesma pronúncia, mas grafia diferente.
Ex. Trabalho na seção de livros. A sessão das 9 terá início agora.
Homônimos homógrafos: mesma grafia, mas pronúncia diferente.
Ex. Eu almoço às 11:30h. O almoço hoje estava delicioso.

Português, 2º ano: ensino médio - Ricardo Golçalves Barreto - Coleção Ser Protagonista - SM, 2010.p. 188 - 196

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Língua Portuguesa - 21 - Escolher e Combinara

   Não apenas a ordem, mas também a escolha das palavras devem ser adequada para a produção de sentidos.
   Os processos de escolha e combinação podem ser representados por eixos. A combinação está associada a um eixo horizontal. A escolha está associada a um eixo vertical.
Então: combinação >>> eixo horizontal / / / escolha >>> eixo vertical.
Os níveis de descrição linguística
   Quando a língua é analisada com a atenção voltada aos fonemas, a descrição linguística ocorre no nível fonológico.
   Se a observação privilegia a constituição das palavras, a descrição ocorre no nível morfológico, levando em conta os morfemas e suas associações.
   Se a análise considerar as relações entre as palavras no interior do enunciado (ao privilegiar a sintaxe dos enunciados), a descrição linguística está no nível sintático. As palavras agrupam-se nos enunciados conforme princípios de dependência e ordem, formando sintagmas. Os sintagmas estruturam-se em torno de um núcleo.
   A análise que considera simultaneamente os níveis morfológico e sintático é chamada de morfossintaxe.
   A análise da língua também pode estar centrada no significado das palavras, nível semântico.
   Quando a análise da língua privilegia o contexto em que ocorre a interação, a descrição se dá no nível pragmático.
Assim: níveis de descrição:
Nível fonológico (fonemas), Nível morfológico (morfemas), Nível sintático (relação entre palavras), Nível semântico (significado das palavras) e Nível pragmático (contexto).
Escolher e combinar nos vários níveis da língua
   A escolha e a combinação operam em todos os níveis da língua para a produção de sentidos.

O uso de hipônimos e hiperônimos como recursos coesivos
   Hiponímia e hiperonímia são dois tipos de relação de sentido que pode haver entre palavras. 
A hiponímia indica a relação que vai de uma palavra de sentido mais específico para outra de sentido mais genérico > martelo e serrote são hipônimos de ferramenta.
A hiperonímia indica a relação que vai de uma palavra de sentido mais genérico para outra de sentido mais específico > ferramenta é hiperônimo de martelo e serrote.
Assim: 
hiponímia - do específico para o genérico >>> martelo é hipônimo de ferramenta.
hiperonímia - do genérico para o específico >>> ferramenta é hiperônimo de martelo.

ANOTE
Os hipônimos e os hiperônimos atual como recursos coesivos, retomando ou antecipando um elemento textual por meio da substituição. É comum que seja introduzido primeiro um hipônimo, de sentido mais restrito, e que em seguida ele seja retomado por hiperônimos.
Coesão textual é o fator de textualidade responsável pela conexão entre as partes do texto.

Português, 2º ano: ensino médio - Ricardo Golçalves Barreto - Coleção Ser Protagonista - SM, 2010.p. 178 - 187

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