quarta-feira, 20 de abril de 2011

UMA SAFRA DE PLÁSTICO VERDE

A alternativa limpa em relação ao petróleo, o etanol brasileiro agora é usado como matéria-prima para fabricar garrafas de Coca-Cola e embalagens dos ketchups Heinz.
O plástico aparece numa posição inglória entre os maiores vilões do meio ambiente. Uma garrafa poderá levar um século para se decompor completamente. A produção de objetos plásticos, a partir de derivados do petróleo e do gás natural, também contribui com uma parcela considerável (cerca de 5%) do total de emissões de dióxido de carbono, um dos gases causadores do efeito estufa. É necessário plantar 314000 árvores para neutralizar a emissão de carbono decorrente da produção de 10 milhões de garrafas PET de 2 litros cada uma. Apesar dos danos, o plástico está associado à vida cotidiana. Sua versatilidade, resistência e baixo custo o tornam difícil de substituir. As preocupações com o impacto ambiental, no entanto, estimularam a pesquisa de alternativas. Na última década, a indústria química deslanchou o desenvolvimento de resinas plásticas derivadas de organismos vivos. O chamado plástico verde, originário de fontes vegetais como a cana-de-açúcar e o milho, começa a ganhar escala comercial e já pode ser encontrado em embalagens de cosméticos, alimentos e bebidas, nas sacolas que acomodam frutas e verduras nos supermercados e até no acabamento interno de automóveis. Na comparação com as resinas feitas de combustíveis fósseis, ele leva vantagem por ser originado de uma fonte renovável e causar impacto positivo na atmosfera, pois a fotossíntese da planta faz a captação do dióxido de carbono. 
O etanol brasileiro foi a matéria-prima escolhida pela Coca-Cola para o seu projeto global de desenvolver uma garrafa PET com 30% de origem vegetal. 
fonte: Revista VEJA - 13 abril 2011 - pg. 108 e 109.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

SOCIOLOGIA - 2º Bimestre

A vida nas grandes cidades tem muitas vantagens. Mas, de vez em quando, muitos de seus habitantes se cansam do ritmo vertiginoso que as caracteriza, da poluição, do excesso de trabalho, da falta de tempo para pensar em si mesmos, da violência urbana, do trânsito caótico, da solidão, da ausência de solidariedade entre as pessoas, etc.
Só se pode falar em comunidade quando se está diante de grupos sociais ligados por laços afetivos - e não por vínculos impessoais, como ocorre nas grandes cidades.
Características comuns às comunidades: nitidez (limites territoriais, onde começa e onde termina); pequenez; homogeneidade; relações pessoais (contatos primários).
Assiste-se hoje nas grandes cidades de todo o mundo à formação de tribos urbanas, como os punks, os surfistas, os rappers, as gangues de periferia. São microgrupos geralmente ligados por interesses momentâneos.
Com seu estímulo ao consumo e à competição desenfreada, a economia capitalista, dinâmica e tecnologicamente inovadora, colabora para reforçar a cultura do individualismo e o isolamento. A satisfação individual é colocada acima de qualquer obrigação comunitária. Igualmente preocupante são as consequências ecológicas do afrouxamento dos laços de solidariedade e da primazia atribuída ao consumo.
Algumas características da sociedade contemporânea atuam no sentido de desagregar valores cultivados (solidariedade, vida familiar, igualdade de oportunidades, participação política etc.).
Um dos fundamentos do regime democrático é o conceito de cidadania. Cidadão é um indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativmente de todas as questões da sociedade. A ideia de cidadania ativa é ser alguém que cobra, propõe e pressiona o tempo todo. A noção de cidadania teve suas origens na Grécia e Roma antigas. Como termo político, cidadania significa exercício de direitos, compromisso ativo, participação política, responsabilidade. Na base do conceito de cidadania estão as noções de liberdade e de igualdade. Cidadania é o direito de se ter uma ideia e poder expressá-la.
A noção de igualdade estabelece que todos são iguais perante a lei. O princíoio da 'igualdade de oportunidades' é negado desde o nascimento. A própria cidadania se vê hoje ameaçada pelo crescimento das desigualdades sociais, especialmente nos países pobres e emergentes. O conceito de equidade engloba o de igualdade, mas vai além dele. A sociedade civil é formada pelas organizações privadas sem fins lucrativas que se estabelecem fora do mercado de trabalho e do governo, mas que têm importante presença na vida política. As Organizações Não Governamentais compõem, no interior da sociedade civil, o núcleo do que se poderia chamar de terceira esfera, situada entre o Estado (esfera pública) e a sociedade (espera privada). As ONGs mobilizam e estimulam comportamentos solidários, dedicando-se a questões como ecologia, paz e alfabetização.
Raça. A raça é um conceito usado vulgarmente para categorizar diferentes populaçõe de uma espécie biológica por suas características fenotípicas (ou físicas). O conceito de raças humanas foi usado pelos regimes coloniais e pelo apartheid (na África do Sul), para perpetuar a submissão dos colonizados. Esta definição é uma classificação de ordem social, onde a cor da pele e origem social ganham, graças a uma cultura racista, sentidos, valores e significados distintos. Tradicionalmente, os seres humanos foram divididos em três ou cinco grandes grupos de linhagem (dependendo de interpretação), mas a denominação de cada um tem variado ao longo do tempo: mongolóide, caucasóide, negróide, australóide e cipóide.
Opressão social. é um conceito que descreve uma relação de dominação e subordinação entre grupos ou categorias de indivíduos, na qual o grupo dominante beneficia-se com o abuso, a exploração e a injustiça sistemáticos praticados contra o grupo subordinado. Raça tem sido frequentemente definida como um agrupamento, ou classificação, baseado em variações genéticas na aparência física, sobretudo na cor da pele. Etnicidade é um conceito que se refere a uma cultura e estilo de vida comuns, especialmente de forma refletida na linguagem, maneiras de agir, formas institucionais religiosas e de outros tipos, na cultura material, como roupas e alimento, e produtos culturais como música, literatura e arte. Etnocentrismo refere-se aos julgamentos negativos que membros de uma cultura tendem a fazer sobre todas as demais. O etnocentrismo é como um prisma, através do qual tudo é percebido e interpretado em relação a um único arcabouço cultural, com exclusão de todas as demais possibilidades. pg. 14

sábado, 16 de abril de 2011

SOCIOLOGIA - 1º Bimestre

Os primeiros sociólogos. O francês Augusto Comte é considerado o pai da Sociologia. Dizia que a sociedade deveria ser considerada como um organismo vivo. Atribuía importância à noção de consenso às ideias e crenças comuns, partilhadas). Com seu "método positivo" de conhecimento procurou formular as leis gerais que regem a sociedade.
Com Émile Durkheim a Sociologia passou a ser considerada uma ciência. Demonstrou que os fatos sociais têm características próprias. Pretendia fazer da Sociologia uma ciência como a Física ou a Biologia. Para ele, os fatos sociais devem ser considerados como coisas (algo objetivo). Os fatos sociais têm existência e são capazes de obrigar as pessoas a se comportarem (hábitos, costumes, regras) desta ou daquela maneira. São fatos fundamentais: o modo de se vestir, a língua, o sistema monet´rio, a religião, as leis etc.ou seja, o modo de pensar, sentir e agir de um grupo social. Assim, o fato social tem:
- generalidade: é comum a todos os membros de um grupo ou à sua grande maioria;
- exterioridade: é externo ao indivíduo, existe independentemente de sua vontade;
- coercitividade: os indivíduos se sentem pressionados a seguir o comportamento estabelecido.
A contribuição de Max Weber. Diferentemente de Durkheim, Weber via a dimensão subjetiva nos fatos humanos (consciência e intenção). É importante interpretar o sentido que as pessoas atribuem às próprias atitudes. É o método interpretativo. 
Ação social para Weber é uma modalidade de conduta dotada de sentido e voltada para a ação de outras pessoas. Nem toda ação é social (pessoas se cruzando nas ruas). Quando há um cumprimento ou diálogo, há ação social.
A objetividade na análise sociológica. Diz-se que uma pessoa é objetiva quando ela é capaz de considerar um fenômeno sem ideias preconcebidas, sem que se deixe levar po razões pessoais e subjetivas.  Precisa haver neutralidade em relação o fenômeno ou objeto estudado. A objetividade é mais difícil de conseguir nas Ciências Sociais do que nas Ciências Exatas. Há dificuldade em submeter as teses sociais à experimentação. 
Para Karl Marx, o sociólogo está envolvido pelos fatos sociais desde que nasce; é produto das relações que o ligam a determinados grupos; não pode ser neutro. A sociedade está dividida em classes, como a burguesia e o proletariado, lutando cada qual por seus interesses. A história da humanidde é a história da luta de classes. Para Durkheim estas manifestações eram sintomas de uma "doença" da sociedade, chamada de "anomia" perda de regras ou de normas corretas de conduta social). Para Marx o sociólogo não poderia ser neutro nas lutas, mas defender o proletariado, para se conseguir o socialismo.
A objetividade de Max Weber. Discordava de Durkheim e de Marx. Para ele é necessário separar o conhecimento científico dos julgamentos morais, ou juízos de valor. Cabe ao cientista assumir uma posição de neutralidade. É a objetividade que faz da Sociologia uma ciência. Como Ciência, a Sociologia pode: aumentar o conhecimento que o ser humano tem de si e da sociedade; contribuir para a solução de problemas que os atingem.
As relações sociais. relação social é a forma assumida pela interção social em cada situação concreta: professor e aluno (relação pedagógica); comprador e vendedor (relação comercial). Há ainda relações políticas, religioss, culturais, familiares etc. A relação social tem por base um comportamento recíproco entre duas ou mais pessoas. 
Processos sociais. quando pessoas unem-se para realizar cooperativamente uma ação, temos aí um processo social. Processo social indica interação social, movimento, evolução, mudança nas relações sociais e na sociedade. 
Processos associativos e dissociativos. os processos sociais podem ser associativos (reunião) ou dissociativos (separação). Os associativos geram laços de solidariedade (cooperação, acomodação, assimilação). Os dissociativos geram tensões no interir da sociedade (competição, conflito).
Cooperação é a forma de interação social na qual diferentes pessoas, grupos ou comunidades trabalham juntos para um mesmo fim. Cooperaçõ direta: ações que as pessoas realizam juntas mutirão). Cooperação indireta é aquela em que as pessoas necessitam indiretamente uma das outras por não serem autossuficientes (um médico e um lavrador, onde o lavrador produz alimento que o médico consome e o médico cuida da saúde do lavrador) relação de complementariedade.
Competição. é uma forma de interação que envolve luta ou disputa por bens limitados ou escassos. Pode levar indivíduos a agir uns contra os outros em busca de uma situação melhor (passar em vestibular, concurso, torneio esportivo etc). Tende a excluir o uso da força e da violência.
Conflito. quando a competição assume características de elevada tensão social, sobrevém o conflito. consiste em uma luta por bens, valores ou recursos escassos, na qual o objetivo dos contendores é neutralizar ou aniquilar seus oponentes. Envolve, em maior ou menor escala, o emprego da violência.
Terrorismo. o conflito pode levar ainda a outra forma extrema de violência: o terrorismo, resultado de situações extremas de opressão ou exclusão de grupos sociais, políticos, étnicos, nacionais ou religiosos. Enquanto todas as formas de conflito levam a uma solução, o mesmo não ocorre com o terrorismo. Ele procura destruir o adversário sem medir as consequências. Hoje, o terrorismo encontra adeptos entre pessoas e grupos que se sentem excluídos num mundo que está se globalizando rapidamente.
Acomodação. quando num conflito o vencido acata as condições do vencedor e adota uma posição de subordinação, há a acomodação: a escravização é um exemplo; quando alguém cumpre uma lei também. Trata-se de uma solução superficial do conflito, pois este continua latente, pode voltar a se manifestar. Os escravos não aceitaram, apenas se acomodaram à situação. A acomodação é o ajustamento de indivíduos ou grupos apenas nos aspectos externos de seu comportamento. Ela atenua ou previne o conflito. Mas este só desaparece com a assimilação.
Assimilação. é a solução definitiva e mais ou menos pacífica do conflito social. É um processo de ajustamento pelo qual os indivíduos ou grupos antagônicos tornam-se semelhantes. Implica transformações internas de forma inconsciente e involuntária. Mudam-se as maneiras de pensar, sentir e agir. Dá-se por imitação em processo longo e complexo: imigrante que se integra inteiramente à sociedade que o acolhe. Implica uma transformação do sentimento de identidade.
Como os seres humanos se agrupam? um grupo é um conjunto de pessoas que entram em interação, mas, além disso, o grupo é, fundamentalmente, uma sociabilidade estabelecida. Enquanto não se estabelecer a interação não existe grupo social. Uma fila de ônibus não é um grupo social, pois não há interação entre os indivíduos. Assim, grupo social sempre significa a reunião de pessoas que estão mutuamente em interação. Para a Sociologia, grupo social é toda reunião mais ou menos estável de duas ou mais pessoas associadas pela interação. Devido à interação social, os grupos têm de manter alguma forma de organização, no sentido de realizar ações conjuntas de interesse comum a todos os seus membros: família, igreja, clube, nação etc.
Características dos grupos sociais: pluralidade de indivíduos; interação social; organização; objetividade e exterioridade; conteúdo intencional ou objetivo comum; consciência grupal ou sentimento de 'nós'; continuidade (há grupos de duração efêmera, que aparecem e desaparecem com facilidade, exemplo mutirões para construção de casas).
Os grupos sociais classificam-se em: primários, secundários e intermediários:
.primários: família, vizinhos, grupo de lazer.
.secundários: igrejas e partidos políticos.
.intermediário: escola.
Agregados sociais. é uma reunião de pessoas aglomeradas de forma momentânea e dotadas de um fraco sentimento grupal embora mantendo entre si um mínimo de comunicação e de relações sociais. Não é organizado, nem tem hierarquia.
Tipos de agregados sociais: multidão, público, massa.
MULTIDÃO. Exemplo - um grupo de pessoas observando um incêndio ou reunidas em um parque numa tarde de sol. Características da multidão: falta de organização; anonimato; objetivos comuns; indiferenciação; proximidade física.
PÚBLICO. é um agrupamento de pessoas que seguem os mesmos estímulos: competição esportiva, peça teatral, show musical. A integração dos indivíduos que formam o público e geralmente intencional. Na multidão, a integração é ocasional.
MASSA. as pessoas que assistem ao mesmo programa de tv, veem o mesmo anúncio num cartaz ou leem em casa o mesmo jornal constituem uma massa. Como não obedece a normas, o processo de formação da massa é espontâneo. Ao contrário da massa, o público não tem uma atitude passiva diante da mensagem que recele; ele opina, por meio de vaias, palmas, críticas, debates e discussões. De modo geral, o grupo de indivíduos que se comporta como massa tende a ser manipulado, pois, na maioria das vezes, reage de forma espontânea, impensada, sem ter consciência de grupo. O homem-massa se sente à vontade quando é igual a "todo o mundo", isto é, à massa indiferenciada. Com o conformismo típico da sociedade de massa, o indivíduo deixa de ser ele próprio, tornando-se totalmente igual aos demais e como os outros querem que ele seja. As pessoas na sociedade de massa sofrem uma "lavagem cerebral", conformando-se com o que essa sociedade lhes impõe. Nessa sociedade os indivíduos é levado a fazer do consumo um ideal de vida.
Como se sustentam os grupos sociais? As forças que mantém os grupos são: liderança, normas, sanções, símbolos e valores sociais.
Liderança. é a capacidade de alguém de chefiar um grupo de indivíduos em qualquer ação. Há 2 tipos de liderança: a institucional (gerente de fábrica, chefe de família, diretor escola) e a pessoal (se origina de qualidades pessoais: inteligência, poder de comunicação, atitudes etc.). São exemplos de líderes pessoais carismáticos: Fidel Castro, Getúlio Vargas, Adolf Hitler.
O líder desempenha um papel integrador entre os membros, transmitindo-lhes ideias, normas etc. É respeitado por todos os membros do grupo. As regras que servem de conduta ao grupo são as normas sociais. Elas indicam o que é 'permitido' e o que é 'proibido'. Já a sanção social é uma recompensa ou punição diante do comportamento do indivíduo, que pode ser aprovativa (aplausos, promoções etc.) ou reprovativa (vaia, prisão etc.).
Símbolos. A cruz (para católicos) significa fé; bandeira simboliza nação; pomba branca simboliza paz etc. Um símbolo é algo que representa ou substitui uma coisa.  O símbolo tem valor ou significado pelas pessoas que o utilizam. Qualquer coisa pode tornar-se um símbolo. O preto simboliza o luto. Entre os orientais é o branco. Os símbolos são convenções. Cada sociedade utiliza os seus. A linguagem também é um conjunto de símbolos. A criança amadurece e se socializa à medida que aprende a usar símbolos. Todo comportamento humano é simbólico e todo comportamento simbólico é humano. Animais não utilizam símbolos. Sem o símbolo não há cultura.
Valores sociais. a sociedade estabelece o que é desejável, proibido, bonito, feito, certo e o errado - são os valores sociais. Os valores sociais variam no espaço e no tempo (época, geração, sociedade). O trabalho doméstico era feminino, agora é dividido entre o casal.
Valores em conflito. devido à pluralidade de valores é comum pessoas que não conseguem se entender em relação a certas questões (religião, política, moral, etc). Isso porque elas têm escalas de valores diferentes. Exemplo: opinião de pais e filhos que geram choques de geração. Isso ocorre porque os jovens tendem a acompanhar e aceitar mais facilmente do que os velhos as mudanças atuais.

terça-feira, 12 de abril de 2011

MATEMÁTICA Estatística

Estatística é o ramo da Matemática que permite, de forma organizada, recolher dados sobre uma população, analisá-los e tirar conclusões.
   O conjunto de dados obtidos do estudo de um determinado fato é a variável estatística, que podem ser:
- qualitativas: indicam qualidade do fato observado: cor, raça...
- quantitativas: indicam quantidade do fato observado: alturas, número de irmãos...
   As tabelas são quadros que resumem conjuntos de observações.
   São elementos da tabela: título, cabeçalho, corpo, colunas indicadoras, fonte.
   Organizam-se dados estatísticos também por gráficos. O gráfico estatístico é uma forma de apresentar dados estatísticos de modo que permita, ao pesquisador e ao público em geral, uma percepção rápida e viva dos dados pesquisados.
   Tipos de gráficos: cartesiano, em linha ou curva, em baras, em barras múltiplas, em setores, pictograma.
GRÁFICO CARTESIANO: mostra a vairação de uma grandeza em função de outra.
GRÁFICO EM LINHA OU CURVA é um tipo de gráfico cartesiano:
GRÁFICO EM BARRAS: também é um tipo de gráfico cartesiano:
GRÁFICO EM BARRAS:
GRÁFICO EM BARRAS MÚLTIPLAS: representa, num mesmo sistema, dois ou mais fenômenos para facilitar a comparação.
GRÁFICO EM SETORES:
 PICTOGRAMA: utiliza desenhos relacionados ao tema.

FREQUÊNCIA ABSOLUTA de um acontecimento é o número de vezes que ele é observado (f). A frequência pode ser organizada no gráfico de frequência absoluta.
População é o conjunto dos elementos em estudo.
Obtemos a frequência relativa (fr) de um acontecimento dividindo a frequência absoluta pelo número de elementos da população: fr = f / nº elementos.
Gráficos em Setores:
- Um círculo representa o total dos dados (100%)
- Um círculo completo tem 360º
Assim:
100% -> 360º
50% -> 180º
25% -> 90º
12,5% -> 45º
1% -> 3,6º
   Para analisarmos tendências utilizamos as medidas de tendência central: moda, mediana, média aritmética.
MODA (Mo)  de um conjunto de valores é o elemento que ocorre mais frequentemente dentro do conjunto. Um conjunto de dados pode não ter moda por não ter elemento que ocorra frequentemente. Quando há mais de dois valores frequentes, há a situação bimodal.
MEDIANA (Me) de um conjunto finito de valores, dispostos em ordem (crescente / decrescente), é o valor central, se o conjunto tiver um número ímpar de elementos, OU é a média aritmética dos dois valores centrais, se o conjunto tiver número par de elementos. Se o conjunto tiver um número ímpar de elementos, a mediana será um valor do próprio conjunto; se tiver número par de elementos, nem sempre a mediana será um dos elementos.
MÉDIA ARITMÉTICA de um conjunto de números é o valor que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo número de elementos do conjunto.
Fonte: Matemática Ensino Médio - Kátia Stocco Smole - Editora Saraiva - pg. 67.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A DOR DA ALMA DÓI NO CORPO

Há trina anos, motivado pelas queixas constantes de seus pacientes, o psiquiatra americano Sthephen Stahl, de 59 anos, professor da Universidade da Califórnia, decidiu estudar a relação entre dor física e depressão. Apesar de acometer até 80% dos doentes, um problema raramente é associado ao outro. Especializado em neurologia e farmacologia, ele se dedica a desvendar (e tentar reverter) o desequilíbrio cerebral que faz com que a vida dos deprimidos seja ainda mais penosa.
   Nos manuais de medicina, os sintomas da depressão são os seguintes: perda de vitalidade ou de interesse pela vida, dificulddae de concentração, sentimento de culpa, problemas de sono (excesso ou falta dele), pensamentos ou atos suicidas, fadiga, alterações de apetite e peso (tanto ganho quanto perda), comprometimento da habilidade psicomotora (agitação ou lentidão). Nenhum deles está relacionado à dor. O conceito de remissão, de cura completa, prevê o desaparecimento de todos os sintomas depressivos. Oito de cada dez pacientes com depressão moderada ou grave apresentam algum tipo de dor, em maior ou menor grau. Apesar de se manifestar em determinada região do corpo (ou nele todo, como acontece em boa parte dos casos), a dor física da depressão está no cérebro do paciente, onde é processada equivocadamente. Muitas vezes o paciente não acredita quando o médico diz que aquele sofrimento físico pode ser sintoma de depressão. 
   A dor causada pela depressão é muito semelhante à chamada dor-fantasma, comum entre os amputados. Uma pessoa que perdeu a perna, por exemplo, pode sentir o pé doer. Isso acontece porque os circuitos da medula espinhal, responsáveis pela transmissão dos estímulos entre o pé e o cérebro, ainda estão lá, funcionando.
Fonte: Revista VEJA - 6 abril 2011 - p. 100 e 101.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

GEOGRAFIA - 6. Dinâmica demográfica e qualidade de vida da população brasileira

   As características de uma determinada população mudam em função de condições socioeconômicas, políticas e territoriais. O termo técnico que designa o comportamento populacional é dinâmica demográfica a qual considera um período de tempo predeterminado. Assim, a dinâmica demográfica é o ritmo, natureza e tendência do crescimento da população de um país, composto pelo crescimento vegetativo (vertical) e o crescimento horizontal (migração).
   O crescimento vegetativo de um país é a diferença entre a taxa de natalideade e a de mortalidade num determinado período. O crescimento horizontal de um país é a diferença entre o total de imigrantes e o de emigrantes.
   A queda da natalidade. Na década de 1970 as mulheres brasileiras tinham em média 5,8 filhos. Em 1996 2,3 filhos. Hoje - 2,2 filhos por mulher. A queda notável da fecundidade das mulheres brasileiras está intimamente relacionada com a crescente urbanização do país: participação da mulher no mercado de trabalho; casamentos tardios; elevado custo de criação dos filhos nas cidades; difusão de métodos anticoncepcionais; mudanças de comportamento em relação à vida rural.
   Hedonismo é uma doutrina ética segundo a qual o prazer é a finalidade principal da vida. Narcisismo é, em psicanálise, o estado em que o impulso sexual é dirigido ao próprio ego.
   Em 1940, a média era de 6,2 filhos por mulher. O Brasil ainda era um país com quase 70% da população no campo. A pílula e a esterelização feminina derrubam a taxa de fecundidade para 4,4 filhos em 1980. Em 2000 a média é de apenas 2,3 filhos. O rendimento feminino é 71,5% do masculino.
   A queda da mortalidade. O fator principal da acentuada redução do índice de mortalidade também se relaciona com o intenso processo de urbanização que ocorreu no Brasil a partir de meados do século XX. Em 1950 36,2% vivia em áreas urbanas. Em 1991 - 75,2%. Em 2000 - 81,3%.
   A revolução médico-sanitária cosistiu em uma notável melhoria no atendimento médico-hospitalar e na infra-estrutura sanitária. Com a urbanização/revolução médico-sanitária, os índices de mortalidade decresceram.
   A nova pirâmide etária brasileira. Nos últimos trinta anos, o Brasil passou por um aumento da expectativa de vida e a redução da taxa de fecundidade.
   O IBGE é um verdadeiro banco de dados do governo brasileiro utilizado por empresas privadas, outros órgãos governamentais, estudantes, contribuintes dos impostos, pesquisadores em geral. É sua atribuição produzir sistemas de informações que auxiliam no conhecimento da "cara" do Brasil. É responsável também pela realização do censo demográfico brasileiro.
   O índice de crescimento vegetativo caiu de 2,5% ao ano em 1960 para 1,3¨% em 1996. O envelhecimento da população brasileira gera sérios problemas na área da previdência social uma vez que a população contribuinte deverá financiar um número maior de aposentados. O aumento da população idosa é um dos fatores que contribuem para aumentar o déficit das contas do país, agravando as condições de subdesenvolvimento do Brasil.
   Segundo processo da dinâmica demográfica: o crescimento horizontal devido às migrações. O crescimento horizontal resulta dos movimentos migratórios internacionais. Desde 1808 o Brasil caracterizou-se como um país em que predomina a imigração. Os principais grupos: portugueses, italianos, espanhois, alemães e japoneses. Já os africanos foram trazidos para trabalhar como escravos. Hoje, o Brasil é considerado um país emigrante, desde a década de 1980.
   No passado, o Brasil imigrante. Italianos e alemães, entre outros imigrantes europeus, fixaram-se sobretudo nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Outro destaque: chegada de ucranianos ao Paraná. No século XX, outros povos, principalmente orientais, escolheram o Brasil como nova pátria. A imigração japonesa teve início em 1908. Muitos coreanos e chineses também engrossaram os contingentes imigrantes.
   Hoje, o Brasil emigrante. As melhores perspectivas salariais do Japão levaram muitos a optar por um trabalho naquele país. Outro polo de atração são os Estados Unidos. Brasileiros sulistas vivem atualmente no Paraguai. Conhecidos como "brasiguaios", foram atraídos pelas terras baratas e férteis. Razões dessa inversão: crises socioeconômicas desde o final dos anos 1970. Diante da dramática realidade socioeconômica, muitos trabalhadores brasileiros, especialmente os mais jovens, têm optado pela emigração.
   As migrações internas. As diferenças regionais, no tocante ao desenvolvimento socioeconômico, foram aprofundadas a partir do início da industrialização do país e grandes contingentes populacionais das regiões estagnadas economicamente encontraram na emigração para as mais ricas e ativas a melhor oportunidade de sobrevivência.
  Principais fluxos migratórios do último meio século:
- Principais áreas de repulsão populacional (o Nordeste e o Sul, além do estado de São Paulo. Os principais fatores: Nordeste - estagnação econômica e a grande concentração fundiária; Sul e São Paulo - grande concentração fundiária).
- Principais áreas de atração populacional. Sudeste, Centro Oeste e Norte. Principais fatores: Centro-Oeste - fundação de Brasília e expansão fronteira agrícola, construção da infra-estrutura local, ferrovias e usinas hidrelétricas. Norte: garimpeiros, madeireiras, indústrias de mineração e grandes empresas agrícolas avidos por explorar seus recursos naturais. Sudeste: expansão urbano-industrial, comércio e serviços.
   Saturadas, as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo têm crescido menos nos últimos anos.
   A expressão "fronteira agrícola" designa o ponto de contato entre as áreas rurais já incorporadas ao sistema capitalista e aquelas áreas ainda virgens (reservas indígenas, terras devolutas ou ocupadas por posseiros).
   Regionalização do espaço brasileiro. Em 1967 o IBGE criou o conceito de macroregião - cinco: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A divisão regional do trabalho, divido o país em três regiões:
- Centro-Sul - região que concentra e polariza as atividades econômicas do país, graças à industrialização.
- Nordeste - Marcado pela pobreza da maior parte da população, em contraste com o poder econômico das oligarquias tradicionais, que detêm o poder político.
- Amazônia - Quase intocada durante séculos, atualmente enfrenta um processo de ocupação que coloca em risco o equilíbrio ambiental.
As condições de vida dapopulação brasileira. As condições de vida da população de um país costumam ser medidas pelos indicadores sociais, tais como as taxas de crescimento vegetativo, mortalidade infantil, analfabetismo, expectativa de vida etc.
   A marginalização socioeconômica caracteriza hoje grande parte da população, cujas condições de vida são péssimas.
   O Índice de Desenvolvimento Humano leva em consideração a qualidade de três indicadores sociais: saúde, educação e renda. Indicador criado recentemente pela ONU para avaliar as condições de vida de um determinado país a partir de três importantes dados: expectativa de vida, saúde e poder de consumo.
   PEA. A População Economicamente Ativa corresponde ao contingente de pessoas com 10 anos de idade ou mais que está trabalhando ou procurando emprego no momento em que são apurados os dados.
   As novas tecnologias, calcadas no desenvolvimento de setores estratégicos, como a microeletrônica, a informática, a biotecnologia, a fibra ótica, a nanorrobótica, exigem cada vez mais profissionais altamente qualificados.
   Alternativas às famílias pobres e marginalizadas:
 - colocar crianças no mercado de trabalho, como forma de aumentar a renda familiar;
 - aceitar trabalhos precários, sem registro na carteira de trabalho, que contribuem para a degradação da qualidade de vida da população e para a baixa expectativa de vida;
 - aderir à delinquência;
 - acostumar-se à miséria, à subnutrição, à fome e à falta de assistência médico-sanitária;
 - aceitar o subemprego.
   A falta de investimentos em educação no Brasil gera carência de pesquisadores, cientistas e estudiosos. Esse descaso com a educação não só perpetua como agrava as desigualdades sociais do Brasil.
   O aumento de ocupados sem registro em carteira e autônomos na área de serviços indica uma expansão do mercado informal, que é refletida na paisagem urbana - ruas, praças, calçadas -, ocupada por trabalhadores ambulantes. Esses trabalhadores informais geralmente não são protegidos pelas leis que regulamentam o trabalho, ou seja, que definem remuneração mínima, limites da jornada de trabalho e outros direitos sociais e trabalhistas. Além disso, o mercado informal não paga taxas ou impostos, diminuindo a arrecadação do Estado.
DESAFIANDO CONHECIMENTOS. Dentre as consequências geradas pela queda da taxa de natalidade, destacam-se:
- Redução do número de jovens;
- Redução da atividade econômica;
- Envelhecimento da população, o que poderia inviabilizar o sistema previdenciário.
   O tráfico de drogas se instala nas favelas em função da ausência do Estado, demarcando territórios que ficam sob seu domínio. Instalam uma lógica da violência, que acaba sendo uma referência para os jovens.
   São causas do processo de emigração:
- Redução das expectativas de emprego;
- Dificuldade de ascensão social das camadas urbanas mais baixas.
   No caso brasileiro, o aumento da expectativa de vida está relacionado com a ampliação da rede de água e esgoto, das campanhas de vacinação em massa, propiciadas pela aceleração da urbanização, fato que facilita a difusão da informação.
   O processo de industrialização e o forte crescimento econômico impulsionaram a urbanização do país durante as décadas de 50 e 70.Os fatores que explicam o rápido processo de urbanização brasileira são o processo de industrialização e o forte crescimento econômico.
As principais implicações geradas pelo acelerado processo de urbanização foram:
 - a precarização do trabalho, decorrente da expansão do desemprego, economia informal;
 - falta de infra-estrutura urbana (rede de esgoto);
- mudança dos hábitos de consumo.


O FIM DA BATALHA

Como o ex-vice-presidente da República enfrentou e finalmente sucumbiu a um tipo raro e agressivo de câncer.
   Na tarde de terça-feira, 29 março 2011, depois de cinco anos, treze cirurgias e uma dezena de internações, chegou ao fim  a luta de José Alencar contra um sarcoma na região abdominal, um tipo raro e eagressivo de câncer. Aos 79 anos, o empresário, ex-senador e ex-vice-presidente da República morreu na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Alencar será lembrado pela bravura e determinação com que lutou pela vida. 
   Em 2006, quando a doença foi diagnosticada, o prognóstico era de uma sobrevida de apenas um ano. Alencar viveu quatro além do previsto. Seu médico, Paulo Hoff, disse "A força de vontade e o entusiasmo de Alencar foram fundamentais para explicar sua fenomenal resistência à doença". 
   Seu prato predileto: frango com quiabo, taioba e angu.
Fonte: Revista VEJA - 6 abril 2011 - p. 70 - 71.

A ESTRELA ARDENTE

Nenhuma outra mulher emitiu brilho mais intenso e genuíno no firmamento artificial que é Hollywood do que Elizabeth Taylor
   Morta na quarta-feira 23 de insuficiência cardíaca, aos 79 anos, em Los Angeles, Liz foi a maior estrela de Hollywood. E o foi de um jeito que hoje, na era das celebridades, já não se pode mais ser - a um só tempo onipresente e inatingível, motivo de escândalo e inspiradora de novos comportamentos. Foi pioneira em viver em público uma vida amorosa tórrida, quando às mulheres cabia ocultar as idas e vindas intempestivas do desejo. Foi a primeira mulher a abraçar a condição de ícone gay. Foi uma atriz corajosa, disposta a, em pleno auge, se mostrar gorda e vulgar como uma esposa cujo casamento está ruindo. Foi das primeiras a admitir a luta com o álcool e os medicamentos e internar-se em clínicas de reabilitação - e também a se lançar de corpo e alma na benemerência.
Fonte: Revista VEJA - 30 março 2011 - p. 92 - 99.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

FILOSOFIA - 4. Teoria do conhecimento: investigando o saber

   Entre os principais problemas filosóficos está o do conhecimento. O ser humano, desde seus primórdios até nossos dias, vive uma busca incessante por compreender a si mesmo e o mundo à sua volta. A teoria do conhecimento pode ser definida como a investigação acerca das condições do conhecimento verdadeiro.
   No processo  de conhecimento, sempre existe a relação entre dois elementos básicos: um sujeito conhecedor e um objeto conhecido.
   Correntes básicas e antagônicas na história da filosofia: ceticismo (diagnostica a impossibilidade de conhecermos a verdade), dogmatismo (defende a possibilidade de conhecermos a verdade) e criticismo (tenta superar o impasse criado por essas posições antagônicas).
   Para o ceticismo absoluto, o homem nada pode afirmar, pois nada pode conhecer com total certeza. O ceticismo relativo consiste em negar apenas parcialmente nossa capacidade de conhecer a verdade.
   Uma doutrina é dogmática quando defende, de forma categórica, a possibilidade de atingirmos a verdade. Há o dogmatismo ingênuo e o dogmatismo crítico.
   O empirismo defende que todas as nossas ideias são provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição, tato, paladar, olfato).
   A palavra racionalismo designa a doutrina que atribui exclusiva confiança na razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade.
   Os racionalistas afirmam que a experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre a complexa realidade do mundo.
   Apriorismo kantiano. para Kant a experiência fornece a matéria do conhecimento, enquanto a razão organizaria essa mate´ria de acordo com suas formas próprias. A questão do conhecimento é assunto que escapa a uma palavra final e definitiva.

FILOSOFIA - 3. Consciência crítica e filosofia

   Duas dimensões complementares no processo de conscientização:
 - consciência de si exige reflesão. Manifesta-se através de falar, criar, afirmar, propor, inovar.
- consciência do outro, exige atenção. Manifesta-se através de escutar, absorver, reformular, rever, renovar.
    O crescimento só da consciência do outro: alheamento. O crescimento só da consciência de si: fechamento interior, isolamento.
   Mito é ieia falsa, crença exagerada, algo irreral e supersticioso. Mito num sentido antropológico são narrativas e ritos tradicionais, integrantes da cultura de um povo.
   Consciência religiosa : crença em um poder superior inteligente. Verdades reveladas pela fé. A filosofia e a ciência se apoiam na razão.
   Consciência intuitiva. A intuição é um saber imediato. Intuição sensível: conhecimento imediato - leituras de mundo.
   Consciência racional. Três grandes formas de compreensão do mundo: religião, arte e filosofia. A religião apreende o mundo pela fé, a arte pela intuição e a filosofia pelo conhecimento racional.
   A filosofia desenvolveu métodos científicos baseados em experimentações. É mais teórica e não condiciona o objeto de sua análise a um laboratório de experimentações. A filosofia pretende um conhecimento que resgate a visão de conjunto. Não busca somente a descrição objetiva da realidade, mas avalia e questiona essa realidade.
   Senso comum. o conjunto de opiniões, aceitas como verdadeiras, mas sem uma fundamentação de sua validade, recebe o nome de senso comum.
   Algumas podem esconder ideias falsas, parciais ou preconceituosas. O que caracteriza o senso comum é a falta de fundamentação crítica. É um conhecimento adquirido sem uma base crítica. Em virtude da ausência da razão crítica, o senso comum se torna terreno favorável ao desenvolvimento do fenômeno da ideologia.
   Ideologia. A palavra ideologia queria dizer ciência das ideias. Posteriormente: ideias próprias de certos grupos sociais e políticos. Por influência de Karl Marx, a palavra ideologia adquiri significado crítico e negativo: um conjunto de ideias que dissimulam a realidade, mostram as coisas de forma apenas parcial, distorcida em relação ao que realmente são.
   A ideologia teria funções como a de preservar a dominação de classes apresentando uma explicação apaziguadora para as diferenças sociais. Objetivo: evitar um conflito aberto. A ideologia seria criação de conceitos e preconceitos como instrumentos de dominação.
   Para a filósofa Marilena Chauí a noção de ideologia tem os seguintes traços: anterioridade, generalização lacuna.
   Generaliza para toda a sociedade aquilo que corresponde aos interesses específicos dos grupos ou classes dominantes. O 'bem de alguns" como "bem comum".
   A ideologia é uma lógica montada para ocultar, esconder, falsear. Suas 'verdades' devem parecer naturais, plenamente justificadas, válidas para todos os homens e para todo o sempre.
   De aacordo com filósofo Gyorgy Kukács a característica fundamental da ideologia seria o fato de ela se prestar à orientação da vida prática dos indivíduos, ou seja, de fornecer a base para a resolução dos problemas práticos da vida em sociedade.
   Razão instrumental. é um tipo de razão calculadora, que mede utilidades e resultados. Está voltada para ser um instrumento de poder e dominação.
   A exigência de clareza e de livre crítica é própria do percurso filosófico. O homem sentia uma necessidade crescente de entender e explicar de maneira clara, coerente e precisa. Essa busca do saber fez nascer a filosofia. A palavra filosofia filos: amor; sofia: sabedoria. - 'amor à sabedoria'.
   O saber filosófico designava a totalidade do conhecimento racional desenvolvido pelo homem. Todo o conjunto dos conhecimentos racionais integrava o universo do saber filosófico. Nos dias atuais a filosofia passou a ter o papel, entre outros, de buscar a unidade do saber, de examinar a validade dos métodos e critérios adotados pelas ciências. Isto é, passou a desenvolver o trabalho de reflexão sobre os conhecimentos alcançados por todas as ciências, além da procura de respostas, por exemplo, ao sentido e ao valor da vida.
   Para o ser humano o conhecimento não é facultativo, mas indispensável, uma vez que sua sobrevivência dele depende.

FILOSOFIA - 2. Trabalho: liberdade e submissão

   Entendemos por trabalho toda atividade na qual o ser humano utiliza sua energia para satisfazer necessidades ou atingir determinado objetivo. O trabalho é uma atividade tipicamente humana. Suas funções:
- em seu aspecto individual: pode permitir ao homem expandir suas energias, desenvolver sua criatividade e realizar suas potencialidades;
- em seu aspecto social teria como objetivos últimos a manutenção e satisfação da vida e o desenvolvimento da sociedade.
   Ao longo da história em vez de servir ao bem comum, o trabalho foi utilizado para o enriquecimento de alguns. Foi transformado em instrumento de alienação. A primeira divisão de trabalho teria se dado entre os sexos.
   Durante a Antiguidade o trabalho manual foi considerado atividade menor, desprezível. Valorizava-se o trabalho intelectual. O filósofo grego Aristóteles dizia: "A utilidade do escravo é semelhante à do animal". Na Idade Média o referiam-se ao trabalho como um "bem árduo", por meio do qual cada indivíduo se tornaria um homem melhor; porém valorizava-se o intelectual. Na Idade Moderna o trabalho foi revalorizado. O sucesso econômico foi interpretado como um sinal de bênção de Deus. Na Idade Contemporânea o filósofo alemão Friedrich Hegel definiria o trabalho como elemento de autoconstrução do homem. Karl Marx analisou o papel negativo do trabalho: sem outra opção para sobreviver, este é obrigado a vender sua força de trabalho para quem detinha meios de explorá-la. Marx analisa o processo de alienação.
   A palavra alienação: "tornar algo alheio a alguém", "tornar algo pertencente a outro". O termo alienação seria aquele em que o homem após transferir suas potencialidades para os seus produtos, deixa de identificá-los como obra sua. Os produtos são "estranhos" a quem os produziu.
   Trabalho alienado. A organização do trabalho em linhas de operação e montagem aperfeiçoada pelo engenheiro Frederick Taylor levou o nome de taylorismo.
   A fragmentação do trabalho conduz a uma fragmentação do saber. O trabalho alienado produz para satisfazer as necessidades do mercado e não propriamente do trabalhador. O trabalhador só se sente feliz em seus dias de folga enquanto no trabalho permanece aborrecido.
   Consumo alienado. É principalmente entre a parcela da população de bom poder aquisitivo que ocorre o fenômeno de consumo alienado.
   Relação produção-consumo. A produção cria não só bens materiais e não-materiais, mas também o consumidor para esses bens. A propaganda impulsiona nos indivíduos a necessidade de consumir mercadorias. E o consumo cria a necessidade de nova produção. O circuito produção-consumo não visa atender às necessidades individuais, mas sim às necessidades de expansão do sistema capitalista, de busca permanente de lucratividade. Acumula-se capital a fim de se acumular mais capital. Nesse processo, algumas pessoas vivem ve, outras miseravelmente.
   Cultura do consumo. A lógica do consumo se baseia exatamente na impossibilidade de que todos consumam. O consumo funciona como uma forma de afirmar a diferença entre os indivíduos. O fato de que alguém possuir um automóvel de luxo só tem sentido se poucos indivíduos o puderem ter. O objeto adquirido funciona como diferença de status. Esse tipo de consumo alienado é movido pelo desejo do consumidor de sentir-se uma "exceção" em meio à multidão. O consumidor compra rótulos e grifes.
   Multidões frequentam shoppings para contemplar as novidades das vitrinas. Essa desesperada neofilia (amor obsessivo pelas novidades) afeta praticamente todas as relações de que o homem é capaz com o mundo exterior. Produzir objetos que logo se tornam obsoletos é um princípio fundamental da indústria capitalista.
   O trabalho é tido unicamente como um meio de sobrevivência: quem não trabalha não come. Tudo leva a crer que o processo tecnológico eliminará cada vez mais o trabalho humano, que todo o esforço físico e intelectual poderão ser delegados a máquinas e que ao homem restará só o monopólio das atividades criativas. Da automatização pode surgir uma sociedade do desemprego.

FILOSOFIA - 1. Cultura: o cosmo humano

   Diferentemente dos outros animais, os homens não são apenas seres biológicos produzidos pela natureza. Os homens são também seres culturais que modificam o estado de natureza, o modo de ser, a condição natural das coisas, definida pela natureza.
   A vida de cada animal é, em grande medida, uma repetição do padrão básico vivido pela sua espécie. Já o ser humano tem a capacidade de romper com boa parte do seu passado, questionar o presente e criar a novidade futura.
   Graças ao desenvolvimento de seu psiquismo, o homem tornou-se um ser biológico e cultural ao mesmo tempo.
  O ser humano é um produto da natureza e da cultura e, ao mesmo tempo, um transformador da natureza e da cultura.
   Dentro da biosfera (a parte do planeta que reúne condições para o desenvolvimento da vida), os humanos foram construindo a antroposfera (a parte do mundo que resulta do ajustamento da natureza às necessidades humanas).
   O respeito e temor à natureza foi sendo gradativamente reduzido à medida que as sociedades se tornavam mais complexas e desenvolviam novas formas de conhecer.
   A crítica ao antropocentrismo foi justamente a razão humana que conduziu grande parte da humanidade a graves problemas, como a perda da biodiversidade, a poluição e o aquecimento global.
   Alguns estudiosos afirmam que não há um limite rígido entre natureza e cultura.
   Segundo Claude Lévi-Straus, o que teria distanciado definitivamente o homem da ordem comum dos animais e permitido a sua entrada no universo da cultura seria o desenvolvimento da linguagem e da comunicação.
   Karl Marx entende que é o trabalho que possibilita a distinção entre ser humano e animais, portanto, entre cultura e natureza.
   Não podemos falar de cultura no singular, mas sim de culturas, pois elas são múltiplas e variáveis, de acordo com a diversidade com a diversidade dos modos de ser e viver das coletividades humanas.
   O que queremos dizer exatamente quando usamos a palavra cultura?
   Cultura designa o conjunto dos modos de vida criados e transmitidos de uma geração para outra, entre os membros de uma sociedade. Abrange conhecimentos, crenças, artes, normas, costumes e muitos outros elementos adquiridos socialmente pelos homens. Envolve o que pensamos, fazemos e e temos como membros de um grupo social. Todas as sociedades humanas possuem uma cultura com seus próprios valores e sua própria verdade.
   A cultura é duradoura e também se modifica conforme mudam as normas e entendimentos. A cultura vive nas mentes das pessoas.
   Caracterizam a cultura como:
- adqurida pela aprendizagem;
- transmitida de geração a geração;
- múltipla e variável.
   A cultura abrange um conjunto de conceitos, valores e atitudes que modelam uma comunidade. Toda pessoa vive sob a influência de diversas culturas, e não só de uma.
   Cada universo cultural de que uma pessoa participa influi em sua maneira de pensar, sentir e agir, em sua forma de ser.
  Somos como um peixe que nasceu dentro de um aquário e toma esse ambiente como sendo o mundo. Quando viajamos, percebemos uma série de diferenças. Só temos consciência da nossa própria cultura quando somos confrontados com outra. De modo geral, vivemos nossa própria cultura sem vê-la e, muitas vezes, sem questioná-la.
   Comumente acreditamos que essa visão constitui uma realidade única ou a verdade absoluta. E, por conta disso, podemos:
- desprezar grupos culturais como visões distintas;
- não encontrar saídas para as dificuldades ou novos desafios que surjam.
   A filosofia pode ser um bom apoio nesse processo de transformação cultura, pois filosofar é promover uma reflexão profunda.

terça-feira, 5 de abril de 2011

QUÍMICA - 1. Introdução ao estudo da Química

   A Química é a Ciência Natural que visa ao estudo das substâncias, da sua composição, da sua estrutura e das suas propriedades, as transformações e energia.
   Todos os objetos e materiais existentes na Terra são constituídos por substâncias químicas.
   Da mesma maneira que substâncias químicas podem contribuir para o bem estar da humanidade, elas também podem acarretar doenças, poluição do ar e das águas, desequilíbrios ecológicos e mortalidade de plantas, animais e pessoas.
   A PESQUISA PURA está preocupada apenas em entender melhor algum fato da natureza. A PESQUISA APLICADA está voltada para resolver um problema prático.
   Segundo o filósofo Aristóteles (384 - 322 a.C.) tudo é constituído de: FOGO, TERRA, AR, ÁGUA.
   A preocupação básica das CIÊNCIAS NATURAIS é observar as regularidades nos acontecimentos, conhecidos como "LEIS DA NATUREZA", e, por meio delas, adquirir a capacidade de fazer previsões.
   O cientista faz observações dos fenômenos. Essas observações podem ser:
-QUALITATIVAS: aquelas que não envolvem dados numéricos;
-QUANTITATIVAS: as que provêm de medidas, com a utilização de aparelhos, e constituem-se de dados numéricos.

SOB A LEI MAIOR

O Supremo considerou inconstitucional a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010. Abriu caminho para a volta dos fichas-sujas, mas preservou o estado de direito.
   A Lei da Ficha Limpa reuniu 1,6 milhão de assinaturas e foi criada para impedir que políticos com pendências na Justiça participem da vida pública. No entanto, o Supremo Tribunal Federal liberou a volta de fichas-sujas ao cenário político. Por 6 votos a 5, a corte considerou inconstitucional a aplicação imediata da lei.
   O Supremo Tribunal tem o dever de zelar pelo cumprimento da Carta Magna. A discussão sobre a validade da Lei da Ficha Limpa se estendeu por meses. Os votos de dez ministros já eram conhecidos desde o ano passado - 5 x 5. A responsabilidade pela decisão ficou com o recém-empossado Luiz Fux. O ministro considerou que, para valer em 2010, a Lei da Ficha Limpa deveria ter sido aprovada um ano antes da eleição, ou seja, até setembro de 2009, o que não aconteceu. É isso que está escrito na Constituição. 
Fonte: Revista VEJA, 30 março 2011 - p. 72

A QUESTÃO É O PROFESSOR

   O Ministério da Educação pretende criar um exame nacional para avaliar candidatos a professor. A inicativa é bem-vinda. Estudos demonstram que, para melhorar a qualidade do ensino em um país, é necessário monitorar continuamente o desempenho dos professores. Manter a eficiência de um corpo docente implica dar aos professores apoio e incentivo - mas não só isso. É preciso também tirar da sala de aula aqueles que não são eficazes.
Fonte: Revista VEJA 30 março 2011 - p. 10

sexta-feira, 1 de abril de 2011

UNIVERSALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: SOLUÇÃO OU ARMADILHA?

   Os últimos anos têm visto o florescimento de uma vasta literatura científica, multidisciplinar, que demonstra o incrível poder que os primeiros anos de vida de uma pessoa têm na determinação de uma série de fatores - da saúde à riqueza - de sua idade adulta. Sabe-se hoje que eventos da vida intrauterina têm impactos que perduram até a morte.
   Estudos feitos no Brasil demonstram que alunos que cursaram a pré-escola têm desempenho acadêmico melhor do que aqueles que não a cursaram. Alunos que cursaram a pré-escola têm maior probabilidade de completar o ensino superior. O impacto positivo vai além da vida escolar e se estende à idade adulta. Aqueles que passaram pela pré-escola têm salário 16% mais alto do que os alunos que não a cursaram. A frequência à pré-escola aparece associada à diminuição das taxas de criminalidade. 
   Por todos esses benefícios, vários países, entre eles o Brasil, vêm cursando o caminho da universalização da educação infantil, especialmente na idade da pré-escola.
    Há, porém, uma diferença fundamental entre o esforço da universalização da educação infantil no Brasil e nos países desenvolvidos, onde esse movimento se deu depois de satisfeitas todas as necessidades basilares de sua educação escolar. 
   Nenhum dos países que deram saltos educacionais importantes nas últimas décadas teve a universalização da pré-escola como conquista anterior a êxitos na alfabetização e no ensino de modo geral. 
   Vem da China o exemplo mais claro de que a pré-escola é útil, mas não chega a ser condição indispensável de sucesso para o funcionamento do sistema educacional como um todo. Em 2008, a taxa de matrícula de crianças chinesas na pré-escola era de 44%. Um ano depois, a China já liderava mundialmente o exame Pisa, que mede o conhecimento dos jovens aos 15 anos, sem tempo hábil, portanto, para que se verificasse algum benefício da pré-escola nesse fenomenal desempenho.
   Os ganhos para o país com a eliminação do analfabetismo serão muito maiores do que aqueles oriundos da universalização da pré-escola. Essa é a batalha que temos à nossa frente. Admitir distrações é quase cometer crime de guerra.
   Uma área importante na qual os pais podem ajudar quanto ao desempenho escolar de seu filho, é o aleitamento materno. Um estudo com alunos de 10 anos de idade que acaba de ser divulgado na Austrália mostra que aqueles que tiveram aleitamento materno por seis ou mais meses apresentavam desempenho acadêmico superior.
Fonte: Revista VEJA - 16 março 2011 - p. 106 e 107 - Gustavo Ioschpe

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