quarta-feira, 20 de abril de 2011

UMA SAFRA DE PLÁSTICO VERDE

A alternativa limpa em relação ao petróleo, o etanol brasileiro agora é usado como matéria-prima para fabricar garrafas de Coca-Cola e embalagens dos ketchups Heinz.
O plástico aparece numa posição inglória entre os maiores vilões do meio ambiente. Uma garrafa poderá levar um século para se decompor completamente. A produção de objetos plásticos, a partir de derivados do petróleo e do gás natural, também contribui com uma parcela considerável (cerca de 5%) do total de emissões de dióxido de carbono, um dos gases causadores do efeito estufa. É necessário plantar 314000 árvores para neutralizar a emissão de carbono decorrente da produção de 10 milhões de garrafas PET de 2 litros cada uma. Apesar dos danos, o plástico está associado à vida cotidiana. Sua versatilidade, resistência e baixo custo o tornam difícil de substituir. As preocupações com o impacto ambiental, no entanto, estimularam a pesquisa de alternativas. Na última década, a indústria química deslanchou o desenvolvimento de resinas plásticas derivadas de organismos vivos. O chamado plástico verde, originário de fontes vegetais como a cana-de-açúcar e o milho, começa a ganhar escala comercial e já pode ser encontrado em embalagens de cosméticos, alimentos e bebidas, nas sacolas que acomodam frutas e verduras nos supermercados e até no acabamento interno de automóveis. Na comparação com as resinas feitas de combustíveis fósseis, ele leva vantagem por ser originado de uma fonte renovável e causar impacto positivo na atmosfera, pois a fotossíntese da planta faz a captação do dióxido de carbono. 
O etanol brasileiro foi a matéria-prima escolhida pela Coca-Cola para o seu projeto global de desenvolver uma garrafa PET com 30% de origem vegetal. 
fonte: Revista VEJA - 13 abril 2011 - pg. 108 e 109.

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