quinta-feira, 7 de abril de 2011

A ESTRELA ARDENTE

Nenhuma outra mulher emitiu brilho mais intenso e genuíno no firmamento artificial que é Hollywood do que Elizabeth Taylor
   Morta na quarta-feira 23 de insuficiência cardíaca, aos 79 anos, em Los Angeles, Liz foi a maior estrela de Hollywood. E o foi de um jeito que hoje, na era das celebridades, já não se pode mais ser - a um só tempo onipresente e inatingível, motivo de escândalo e inspiradora de novos comportamentos. Foi pioneira em viver em público uma vida amorosa tórrida, quando às mulheres cabia ocultar as idas e vindas intempestivas do desejo. Foi a primeira mulher a abraçar a condição de ícone gay. Foi uma atriz corajosa, disposta a, em pleno auge, se mostrar gorda e vulgar como uma esposa cujo casamento está ruindo. Foi das primeiras a admitir a luta com o álcool e os medicamentos e internar-se em clínicas de reabilitação - e também a se lançar de corpo e alma na benemerência.
Fonte: Revista VEJA - 30 março 2011 - p. 92 - 99.

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