quarta-feira, 6 de abril de 2011

FILOSOFIA - 3. Consciência crítica e filosofia

   Duas dimensões complementares no processo de conscientização:
 - consciência de si exige reflesão. Manifesta-se através de falar, criar, afirmar, propor, inovar.
- consciência do outro, exige atenção. Manifesta-se através de escutar, absorver, reformular, rever, renovar.
    O crescimento só da consciência do outro: alheamento. O crescimento só da consciência de si: fechamento interior, isolamento.
   Mito é ieia falsa, crença exagerada, algo irreral e supersticioso. Mito num sentido antropológico são narrativas e ritos tradicionais, integrantes da cultura de um povo.
   Consciência religiosa : crença em um poder superior inteligente. Verdades reveladas pela fé. A filosofia e a ciência se apoiam na razão.
   Consciência intuitiva. A intuição é um saber imediato. Intuição sensível: conhecimento imediato - leituras de mundo.
   Consciência racional. Três grandes formas de compreensão do mundo: religião, arte e filosofia. A religião apreende o mundo pela fé, a arte pela intuição e a filosofia pelo conhecimento racional.
   A filosofia desenvolveu métodos científicos baseados em experimentações. É mais teórica e não condiciona o objeto de sua análise a um laboratório de experimentações. A filosofia pretende um conhecimento que resgate a visão de conjunto. Não busca somente a descrição objetiva da realidade, mas avalia e questiona essa realidade.
   Senso comum. o conjunto de opiniões, aceitas como verdadeiras, mas sem uma fundamentação de sua validade, recebe o nome de senso comum.
   Algumas podem esconder ideias falsas, parciais ou preconceituosas. O que caracteriza o senso comum é a falta de fundamentação crítica. É um conhecimento adquirido sem uma base crítica. Em virtude da ausência da razão crítica, o senso comum se torna terreno favorável ao desenvolvimento do fenômeno da ideologia.
   Ideologia. A palavra ideologia queria dizer ciência das ideias. Posteriormente: ideias próprias de certos grupos sociais e políticos. Por influência de Karl Marx, a palavra ideologia adquiri significado crítico e negativo: um conjunto de ideias que dissimulam a realidade, mostram as coisas de forma apenas parcial, distorcida em relação ao que realmente são.
   A ideologia teria funções como a de preservar a dominação de classes apresentando uma explicação apaziguadora para as diferenças sociais. Objetivo: evitar um conflito aberto. A ideologia seria criação de conceitos e preconceitos como instrumentos de dominação.
   Para a filósofa Marilena Chauí a noção de ideologia tem os seguintes traços: anterioridade, generalização lacuna.
   Generaliza para toda a sociedade aquilo que corresponde aos interesses específicos dos grupos ou classes dominantes. O 'bem de alguns" como "bem comum".
   A ideologia é uma lógica montada para ocultar, esconder, falsear. Suas 'verdades' devem parecer naturais, plenamente justificadas, válidas para todos os homens e para todo o sempre.
   De aacordo com filósofo Gyorgy Kukács a característica fundamental da ideologia seria o fato de ela se prestar à orientação da vida prática dos indivíduos, ou seja, de fornecer a base para a resolução dos problemas práticos da vida em sociedade.
   Razão instrumental. é um tipo de razão calculadora, que mede utilidades e resultados. Está voltada para ser um instrumento de poder e dominação.
   A exigência de clareza e de livre crítica é própria do percurso filosófico. O homem sentia uma necessidade crescente de entender e explicar de maneira clara, coerente e precisa. Essa busca do saber fez nascer a filosofia. A palavra filosofia filos: amor; sofia: sabedoria. - 'amor à sabedoria'.
   O saber filosófico designava a totalidade do conhecimento racional desenvolvido pelo homem. Todo o conjunto dos conhecimentos racionais integrava o universo do saber filosófico. Nos dias atuais a filosofia passou a ter o papel, entre outros, de buscar a unidade do saber, de examinar a validade dos métodos e critérios adotados pelas ciências. Isto é, passou a desenvolver o trabalho de reflexão sobre os conhecimentos alcançados por todas as ciências, além da procura de respostas, por exemplo, ao sentido e ao valor da vida.
   Para o ser humano o conhecimento não é facultativo, mas indispensável, uma vez que sua sobrevivência dele depende.

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