Com
a proclamação da República, em 1889, inaugurou-se um novo período na
história política do Brasil: o poder político passou a ser controlado
pelas oligarquias rurais, principalmente as oligarquias cafeeiras. Os dois primeiros governos
(1889-1894) corresponderam à chamada República da Espada, ou seja, o
Brasil esteve sob o comando do exército. Marechal Deodoro da Fonseca
liderou o país durante o Governo Provisório (1889-1891). Após a saída de
Deodoro, o Marechal Floriano Peixoto esteve à frente do governo
brasileiro até 1894.
O poder político brasileiro ficou restrito às
oligarquias agrárias paulista e mineira, de 1894 a 1930, período
conhecido como República Oligárquica. Assim, o domínio político
presidencial durante esse intervalo de tempo prevaleceu entre São Paulo e
Minas Gerais, efetivando a política do café-com-leite.
A política dos governadores, que se baseava nos acordos e alianças entre o presidente
da República e os governadores de estado, marcou
fundamentalmente a Primeira República: a chamada política dos
governadores. Estes sempre apoiariam os candidatos fiéis ao
governo federal; em troca, o governo federal nunca interferiria nas
eleições locais (estaduais).
O apoio
aos candidatos à presidência da República do governo federal pelos
governadores dos estados ficou conhecido como coronelismo: os coronéis tinham prestígio social, político e
econômico exercidos nas vizinhanças das localidades de suas
propriedades rurais. Eles eram os chefes políticos locais e exerciam o mandonismo sobre a população.
Os coronéis sempre exerceram a política
de troca de favores, mantinham sob sua proteção uma enorme quantidade
de afilhados políticos, em troca de obediência rígida. Nas áreas próximas à sua propriedade rural, o coronel
controlava todos os votos eleitorais a seu favor (esses locais ficaram
conhecidos como “currais eleitorais”).
Nos momentos de eleições, todos os
afilhados (dependentes) dos coronéis votavam no candidato que o seu
padrinho (coronel) apoiava. Esse controle dos votos políticos ficou
conhecido como voto de cabresto, presente durante toda a Primeira
República, e foi o que manteve as oligarquias rurais no poder.
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