quinta-feira, 31 de março de 2011

TERREMOTO... TSUNAMI...E CHOQUE

O maior terremoto da história do Japão foi 900 vezes mais intenso do que o que devastou o Haiti. A reconstrução já começou.
   O Japão está sempre à espera de uma tragédia. Equilibrado sobre uma falha geológica que registra a mais intensa atividade vulcânica e a maior frequência de terremotos do planeta - o chamado Anel de Fogo do Pacífico -, o arquipélago há muito se habituou a conviver com as intempéries. Além dos abalos sísmicos e das explosões, vive fustigado por tufões, furacões, tempestades. Nunca, porém os japoneses haviam presenciado um desastre natural de tamanha intensidade como o da madrugada de sexta-feira.
   O Japão se prepara há três décadas para o que os sismólogos previam ser o maior terremoto da história do país, com 8,4 pontos na escala Richter. Na sexta-feira passada, ele ocorreu no fundo do mar, mas com uma magnitude ainda maior: 8,9 pontos. Na progressão geométrica da escala Richter, a diferença de 0,5 ponto equivale à energia liberada por nada menos que 58 500 bombas de Hiroshima. 
O que aconteceu: A 24,4 quilômetros abaixo do solo marítimo, a Placa do Pacífico chocou-se contra a Placa Norte-Americana, provocando um tremor de 8,9 pontos na escala Richter. O movimento das placas fez com que a água do oceano imediatamente acima do epicentro se deslocasse para o alto e, em seguida, para os lados, a uma velocidade de 800 km/h. Cinco minutos depoks, ondas de até 10m de altura atingiram o litoral japonês, a apenas 130 quilômitros de distância. A infraestrutura japonesa resistiu bem aos tremores, mas não pôde evitar a destruição causada pelo tsunami.
   A escala Richter mede a energia liberada pelo abalo sísmico. A escala não é linear. A magnitude aumenta 33 vezes de um ponto da escala para o outro. Um terremoto de magnitude 6, por exemplo, equivale à energia liberada por 3,7 bombas de Hiroshima. Um tremor de magnitude 8,9, como o que atingiu o Japão, corresponde a 108 400 bombas.
   Em Tóquio, duas horas após o terremoto, o aeroporto principal estava reaberto. Parte dos trens recomeçava a circular e os esforços de limpeza e reconstrução já tinham tido início. Uma grande tragédia se abateu sobre o Japção. Mas não o pegou despreparado. E esse é o maior alento que um país, diante de um desastre dessas proporções, pode oferecer à sua população.
Fonte: Revista VEJA 16 março 2011 - pg. 80-91

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