terça-feira, 22 de março de 2011

HISTÓRIA - 6. O feudalismo

O sistema feudal formou-se lentamente, resultado da integração de traços da estrutura social romana e germânica, nos séculos V e X, no Ocidente europeu, hoje França.
As vilas romanas deram origem aos feudos medievais. Os cidadãos romanos de poucas posses procuraram a proteção dos grandes senhores e, em troca da produção, os senhores ofereciam proteção. Essa relação: colonato. O cristianismo foi outra contribuição para a criação sistema feudal. A Igreja tornou-se instituição poderosa, determinando cultura do período medieval. Então: entre as características romanas que mais contribuíram para o feudalismo estão as vilas romanas, o colonato e a religião cristã.
As invasões bárbaras influenciaram formação sistema feudal. A sociedade agropastoril e as poucas trocas também.
Economia feudal: fechada (produção subsistência) e descentralizada (não há autoridades econômicas para definir a economia). Na Idade Média a terra era a chave da fortuna de um homem. O feudo era a unidade básica de produção: Castelo (senhor e família), vila (servos), terras. Campos e bosques: propriedade coletiva. O comércio era muito pouco. O feudalismo baseava-se na exploração da propriedade rural. O senhor feudal tinha o poder. Os reis somente promulgavam decretos.
Era difícil alguém mudar de grupo social: falta de mobilidade, ou seja, sociedade estamental.
Os senhores viviam guerreando e tinham a posse das terras, formando a aristocracia. O feudo tornava-se hereditário. Senhor: suserano. Servo: vassalo. O rei era o mais alto suserano. Os nobres dividiam suas terras entre alguns vassalos.
O clero também estava numa posição de domínio na sociedade feudal. A Igreja tornou-se a maior proprietária de terras do período medieval.
A maior parte da sociedade feudal era formada pelos servos (não possuíam terras). O servo devia obrigações para o senhor feudal: corvéia (trabalhar 2 ou 3 dias por semana para o servo); talha (parte de sua produção); diversos impostos ou “banalidades”. O servo somente ficava com um sexto do que produzia.
À medida em que o Império Romano decaía no Ocidente, a Igreja foi assumindo muitas de suas funções e ajudou a manter a ordem no meio da desorganização pelas invasões bárbaras.

Os monges foram os melhores lavradores da Europa; conservaram algumas técnicas de construção dos romanos; realizavam atividades artesanais e eram responsáveis por quase todos os hospitais do início do período medieval. Escreviam a maior parte dos livros, cuidavam das escolas e bibliotecas. O papa Nicolau III considerava que o papa tinha tanto o poder espiritual como o temporal: com isso, os reis deveriam agir apenas em conformidade com a orientação papal.
Os frades não eram membros do clero, mas homens leigos. Devotavam todo o seu tempo ao trabalho de beneficência, à pregação e ao ensino. Para eles, o maior interesse da religião era fazer do mundo um lugar onde a vida fosse mais feliz e arrancar a grande massa da humanidade do atoleiro da ignorância e do pecado.
A organização e o fortalecimento da estrutura da Igreja coincidiram com o fortalecimento das monarquias no final da Idade Média. As duas instituições entraram em conflito: quem investiria os bispos e abades? O rei ou o papa: Este conflito ficou conhecido como Querela das Investiduras. Este conflito foi resolvido pela Concordata de Worms. Outra luta ocorreu quando os reis decidiram cobrar impostos sobre os bens da Igreja.
Lembrando: a economia feudal era de subsistência, baseada no feudo, com um comércio e moedas quase inexistentes. A sociedade feudal era estamentada (não podia mudar de classe social) e composta por nobres (proprietários dos feudos), clero (Igreja) e servos (trabalhadores). Obrigações dos servos: talha, banalidades, corvéia, dízimos. Na Idade Média ocorreu a divisão do clero em REGULAR (monges e abades) e SECULAR (padres, bispos e arcebispos).

O comitatus, relação de fidelidade militar típica das tribos germânicas, contribuiu para a conformação das relações pessoais entre os nobres feudais.
Durante a Idade Média, o feudo – unidade sócio-econômica básica na Europa Ocidental – era formada por porções de terra que, juntas, constituíam um corpo autosuficiente de produção e consumo.
Há mil anos, em partes da Europa, vigorava o sistema feudal, cujas principais características foram: poder do Estado enfraquecido, ritmo de trocas comerciais pouco intenso, uso limitado da economia monetária, predominando uma sociedade agrária.
Na Idade Média ocidental, a Igreja cristão justificava e explicava o ordenamento social. Ao lado dos clérigos, que detinham o conhecimento da leitura e da escrita, um dos grupos sociais da época era constituído por servos, que deviam obrigações em trabalho aos senhores territoriais que cuidavam da defesa militar da sociedade.
A Igreja tinha grande influência econômica, moral e cultural no mundo feudal. Em termos econômicos, detinha a maior parte das terras. No campo moral, regulamentava boa parte das práticas comportamentais de seus fiéis, consolidando os valores teológicos; no campo cultura, foi a grande responsável pela manutenção da herança Greco-romana.
A servidão tem origem ligada à crise da escravidão no fim do Império Romano do Ocidente. Por meio do colonato, trabalho compulsório que prendia o camponês à terra, mas que lhe assegurava subsistência e proteção dos senhores feudais, a servidão se desenvolveu durante o período feudal. Em troca, o servo prestava uma série de obrigações ao senhor, como talha, corvéia e banalidades.
A relação de vassalagem tem sua origem no comitatus, herança germânica que determinava relações de fidelidade e reciprocidade entre um guerreiro e seu chefe. A relação feudo-vassálica estabelecia a hierarquização e o apoio recíproco entre os senhores feudais. Enquanto o vassalo tinha o dever de ajudar militarmente o senhor feudal, o suserano lhe concedia uma série de privilégios reconhecidos pelo monarca.
A usura é a cobrança de juro e/ou a prática do empréstimo de dinheiro a juro.
A Igreja medieval condenava o lucro sem trabalho. Assim, a usura seria um pecado contra Deus, uma vez que, segundo a Bíblia, o trabalho faz parte do plano de Deus. Além disso, a Igreja pregava que o trabalho do corpo e do espírito seriam as únicas e verdadeiras fontes de riqueza.
Heresias eram pregações contra os ensinamentos da Igreja. Os que interpretavam os mandamentos cristãos de maneira diferente daquela que a Igreja pregava passaram a ser chamados de hereges.
Diante das heresias, de maneira geral, em nome da soberania espiritual a Igreja desencadeou guerras contra os hereges. A repressão se dava pela excomunhão, impedindo que o cristão recebesse os benefícios da salvação, e do Tribunal do Santo Ofício – mais conhecido como Inquisição – que julgava hereges e dissidentes. Os que se recusavam a se retratar eram condenados, normalmente, à fogueira.

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